segunda-feira, 13 de abril de 2009

Público Mandrake: Quem paga o prejuízo?

Com documentação publicada oficialmente no site da FPF (Federação Pernambucana de Futebol), constata-se uma diferença de 24.861 torcedores declarados a maior nos públicos registrados na Ilha do Retiro. Os esclarecimentos prestados apenas solucionam (?) uma parte do problema, mas não vai a fundo no que poderia de fato atender o interesse do torcedor: o investimento público. Ora, tendo o Governo adotado desde a temporada passada que a troca seria feita pelos ingressos efetivamente convertidos e não pela cota determinada, não seria de estranhar que ninguém questionasse tal evasão do dinheiro público (nosso dinheiro!)? No caso do Sport, o valor financeiro que o clube irá receber a maior é de nada menos que R$ 149.208,00 equivalente as diferenças do apuradas especificamente no "Todos com a Nota" (ver detalhamento ao final do Post). Se o clube repassa essa conta e o Governo acata, no final das contas, quem sai perdendo é o contribuinte que ao invés de ter seu dinheiro aplicado em benefícios diretos, acaba tendo que evidenciar uma ação com indícios de fraude quando se compara ao mecanismo de ação do programa e suas respectivas contrapartidas. A fraude pode ser gerada ora pelo próprio clube (o que exigira investigação profunda sobre os fatos) ou por parte dos cambistas, que estão usando ilicitamente um investimento público para uma cobrança indevida ao que deveria ser de fato beneficiado, o torcedor. Alguns depoimentos apontam a cobrança de R$ 5,00 por um ingresso do TCN em jogos na capital. Isso acontece devido aos mirabolantes esquemas de obtenção do ingresso que chega até a contar com infra-estrutura de aluguel de ônibus para que as pessoas consigam receber e repassar os tickets aos atravessadores. Há suspeitas que os clubes também estejam envolvidos ou concorrendo paralelamente nesse tipo de ação, como forma de garantir a receita máxima que poderia ser gerada para a agremiação, caso a cota destinada aos jogos fosse atingida plenamente. Jogos no interior apontam claramente que algo errado acontece. A argumentação que de fato são apresentadas as notas fiscais correspondentes, no mínimo aponta uma ineficácia aos objetivos do programa, que teria como principal resultado garantir acesso gratuito a boa parte da torcida. Sem considerar as finais, pela distribuição das cotas e valores pagos, o investimento público estaria em R$ 4.498.080,00 já considerando os valores e quantidades de ingressos diferenciados em clássicos. Com os públicos maquiados já apontados, atingimos a soma de R$ 3.400.408,80 arrecadados com o TCN. É preciso uma ação energica de nossas autoridades e todos os envolvidos com o programa para que o mesmo continue a passar credibilidade e trasmista ao torcedor o seu intuito real, encher de alegria nossos estádios. Percebe-se que muitas medidas já foram tomadas para inibir principalmente a ação de pessoas de má fé que se apropriam do ingresso gratuito para obter ganhos ilícitos. O caminho é longo, mas será fundamental a transparência das ações para garantir um resultado satisfatório. De fato, a certeza que tudo isso é apenas a ponta do "Iceberg" Clique na imagem para ampliar
Acompanhem a reportagem do Cassio Zirpoli publicada no Blog do Diário clicando AQUI.

5 comentários:

weberth disse...

Esse fato criminosoa é apenas um, dos muitos casos que beneficiaram o time da seita essa ano. Essa federação é uma vergonha para a importancia e historia do futebol pernambucano.

Lúcio Wanderley disse...

Adhetson, parabéns pelo texto!

Blog dos Números disse...

Lúcio,

Essa é a nossa missão, informar.

Agradeço a vc e a outros internautas que postam ou enviam e-mail que sempre estão atentos a questões como essa, incentivando as investigações sobre os fatos.

Anizio Silva disse...

Caro Adethson, "evasão" é com S. No mais, ótimo texto.

Saudações tricolores santacruzenses.

Blog dos Números disse...

Anizio,

Grato pela observação e desculpas a todos nossos internautas pelo ato falho.

O texto já foi corrigido.