quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Preconceito: Até quando?

O Futebol Pernambucano presenciou mais uma lamentável cena de preconceito e hipocrisia vivida nos seus bastidores. Em campo, 3 atores: uma vítima, um ofensor e um delator. Antes de mais nada, entenda-se por atores aqueles que participaram da ação e não se refereindo a qualquer alusão de simulação ou qualquer outro sentido fora do contexto descrito. O ofensor foi o Márcio Bittencourt, atualmente no comando técnico do Santa Cruz. Suas palavras, mesmo que dirigidas especificamente para o seu grupo, ultrapassam a dimensão de simplesmente atingir um profissional da imprensa. Desmascara o preconceito inerente de pessoas que não sabem conviver com as diferenças. Rafael Fernando, cinegrafista da Tv Clube, foi o delator. Foi dele a gravação de áudio e vídeo da estúpida declaração do comandante coral. Fez certo, fez seu papel e evitou uma troca de acusações sem provas. A negação de suas próprias palavras, dão a Márcio o sabor da hipocrisia. Negar o que não pode ser negado. Sorte dele não ter as dificuldades dos vencedores que lutam contra o estigma de serem especiais. Falou aos jogadores? Poderia ter só falado para um único gandula. Não importa. Não muda. Mais do que prudência, faltou espírito en humanidade ao se referir a alguém que "ouviu" ter comentado sobre um de seus atletas ser "fanho". A vítima, André Luís Cabral. Um vencendor. Mais do que todos, porque não se rendeu as dificuldades. Pessoas como ele, como o também companheiro Rodrigo Colaço, como 600 milhões de pessoas em todo mundo que apresentam algum tipo de deficiência, conheceram mais uma mente medíocre e ignorante. Felizmente, não será por eles que a luz desses batalhadores deixará de brilhar, pelo contrário. Talvez o Bittencourt não saiba, mas a torcida que o apoia, como em todas as torcidas de massa, está repleta de pessoas com deficiências, que depositam sua felicidade no seu time, vendo os atletas representando as cores que escolheu. No mundo nada se perde...quem sabe um dia o Sr. Perfeição tenha alguém especial para cuidar? Talvez nesse dia, ele comece a pensar duas vezes antes de chamar um profissional de "manco filho da p...". Ser deficiente não é uma escolha, mas cada palavra que dizemos, isso sim, é por nossa vontade, por nossa conta... Sem mais, Adethson Leite P.S: Muitos internautas abordaram o fato da nota não ter mencionado qualquer comentário sobre um possível caso de o próprio jornalista ter ofendido antes o jogador do Santa Cruz, dizendo que não entrevistaria um "fanho" (isso inclusive foi sim mencionado na postagem). Um erro não justifica o outro e se André Luiz o fez, também errou. A nota não trata de corporativismo, até mesmo porque o Blog não é considerado como imprensa, não é oficialmente credenciado pela ACDP ou participa de movimentos relacionados a categoria. A questão vai além de qualquer interesse, qualquer jogo político, até porque esses conceitos vão de encontro aos valores pregados nesse Blog.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando vai sair um reportagem fala do preconceito contra o jogador do santa que foi "desqualificado" [Preconceituosamente pq era FANHO.... se não me engano TB É UMA DEFICIENTE] para se entrevistado pelo JORNALISTA???????

Anônimo disse...

Quando vai sair um reportagem fala do preconceito contra o jogador do santa que foi "desqualificado" [Preconceituosamente pq era FANHO.... se não me engano TB É UMA DEFICIENTE] para se entrevistado pelo JORNALISTA??????? [2]

Anônimo disse...

"Esse fato so se soma ao milhares q existem,mesmo se o jornalista estivese falado isso,não a provas.isso e deplimente