Por Roberto Vieira
Por que Pernambuco ainda existe no mundo do futebol?
A resposta é simples.
Pela rivalidade. Essa rivalidade tribal que nos momentos de guerra é antropofágica.
E nos momentos de disputa é estímulo e superação.
No dia de hoje, quando a CBF corta os patrocínios dos clubes da Série C, os desígnios da entidade máxima do nosso futebol são cristalinos.
Menos clubes, menos dores de cabeça.
Como se os clubes fossem escravos e não os donos do futebol brasileiro.
Hoje João Pessoa esqueceu o futebol. E o futebol esqueceu João Pessoa.
O mesmo fenômeno ocorre em diversas outras cidades do Brasil.
Mas o fato ainda não aconteceu em Pernambuco, embora sejam preocupantes os sinais de fumaça do interior do estado.
O drama do Santa Cruz que deve 50 Milhões de Reais a Deus e ao mundo é um drama do futebol pernambucano.
Um drama de sucessivas administrações irresponsáveis, utilizando-se do clube para seu ganho econômico, político e pessoal.
Clube que construiu seu imenso patrimônio com o suor dos seus torcedores.
E viu o patrimônio em perigo pelas mãos insensatas dos dirigentes.
Aliás, nada muito distante das administrações dos outros grandes clubes por esse Brasil afora.
Mas se alguém me perguntar se o Santa Cruz vai acabar caso venha a cair para a Série C, eu só tenho uma resposta:
Não!
Não enquanto houver essa rivalidade histórica.
Essa rivalidade tribal que nos momentos de guerra é antropofágica.
E nos momentos de disputa é estímulo e superação.
Rivalidade que passa de pai pra filho. De pernambucano pra pernambucano.
Pernambucano que antes mesmo de emitir o primeiro som já sabe quais as cores do seu clube.
Nenhum comentário:
Postar um comentário