sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

E não foi gol?

Se existe uma coisa pior do que a incompetência, pode-se dizer que é a mania de se transferir a culpa dos próprios erros para terceiros. Esse modelo clássico de mediocridade é o retrato do que acontece hoje no Santa Cruz. Mais uma vez, a vítima se constitui em um membro do quadro da arbitragem pernambucana. Antônio André é a bola da vez. "Santa perde com erro de arbitragem". Chegou até ser chamada de jornal. A imprensa colabora e vai na "onda" do que insistem em iludir a grande massa Tricolor, tentando vender que a falta de resultados tem como responsáveis outros, alías qualquer que seja, menos os verdadeiros culpados. Falta bola, falta técnica, falta planejamento, falta espírito de grandeza para mudar, falta em demasia atitude pró-ativa. Sobra a metralhadora giratória que não perde um minuto para apontar possíveis "erros" da arbitragem, que sabe-se lá porque foi tão implacável com o Santa Cruz que deixou o time sem uma vitória nos 5 últimos jogos. Desculpas não faltam. Assumir a responsabilidade, isso sim, não sobra um para levantar as mãos. Espera-se maturidade. Como já se comentou também, serenidade. Deve-se aprender com os próprios erros e tirar lições para que se faça algo melhor. A política de "não foi minha culpa" não cabe mais no futebol profissional e chega a causar perplexidade como um clube da grandeza do Santa Cruz acaba chegando na situação em que está. Acima do resultado, está o rebaixamento moral da instituição. Não se trata de se defender simplesmente os árbitros. Lógico, alguns erros são grotescos e devem ser apontados com firmeza. O que não podemos é encobrir a incompetência. O preço de se preservar o clube é muito alto e acaba denegrindo a outra entidade, no caso, nosso quadro de arbitragem. Hora de dar um basta!

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