domingo, 9 de dezembro de 2007

Náutico na Série A 2007 (parte 2)

Estamos apresentando a segunda parte do levantamento "Náutico na Série A 2007". Neste tópico serão abordados 3 aspectos: a campanha do time, suas seqüências e a questão disciplinar. O presidente Ricardo Valois já anunciava que, diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube, o objetivo maior do Timbu para a Série A seria a simples permanência na competição. Declaração que gerou muitas críticas por parte da torcida e até mesmo da imprensa esportiva. Um dos pontos críticos foi a partida em que o Timbu foi goleado por 4x1, nos Aflitos, diante do Cruzeiro. Saída de jogadores como Kuki e renúncia do presidente do Conselho, Eduardo Araújo, anunciavam um futuro nebuloso para o clube. Um profundo enxugamento na diretoria acabou se tornando um fator positivo. O grupo final acabou formado por André Campos, Américo Pereira, Paulo Pontes e Sérgio Lins. O efetivo marco da reação, todavia, se deu no empate diante do Internacional, nos Aflitos. Vamos aos números...
A Campanha
O time, inicalmente comandado por PC Gusmão, sofreu um duro castigo na estréia, com o gol que decretaria a vitória do Atlético-MG em incríveis 51 minutos disputados do segundo tempo. Na partida seguinte, vitória sobre o São Paulo, 1x0, nos Aflitos. Seria um bom sinal? A sequência de jogos mostrou que não, afinal, nas 10 partidas seguintes, nenhuma vitória, lançando o time para a lanterna da competição, com uma diferença de 8 pontos para o 16º colocado. Roberto Fernandes assumiu o time na 9ª rodada, mas não obteve uma vitória sequer em seus 4 jogos iniciais, mesmo tendo seu esforço reconhecido no clube e com importantes pontos conquistados fora de casa. Corrigindo a classificação com os jogos do Flamengo (que foram adiados), o Náutico esteve na zona de rebaixamento desde a 6ª rodada até a 26ª, com 21 rodadas consecutivas na parte mais indesejada da tabela. Chegou a ocupar a lanterna da competição por 5 rodadas consecutivas (da 10ª até 14ª rodada). Em 38 jogos, obteve 49 pontos, através de 14 vitórias e 9 empates. Sofreu 17 derrotas. Seu ataque, o segundo mais positivo da competição, anotou 66 gols, com média de 1,74 por partida. No entanto, sua defesa sofreu 63 gols, uma das 4 piores da competição (melhor apenas que Paraná, Juventude e América,. todos rebaixados). Jogando em casa, aproveitamento geral de apenas 54,39%, em face do péssimo desempenho no início da competição. Marcou 31 pontos em 19 jogos, com 9 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Balançou a rede 35 vezes e sofreu 23 gols. Como visitante, surpreendeu a muitos, tendo a 10ª melhor campanha, com 31,58% de aproveitamento. Conquistou 18 pontos, oriundos de 5 vitórias e 3 empates. Perdeu 11 jogos. Anotou 31 gols e sofreu 40. No turno, foi o 18º colocado, com 20 pontos (35,09% de aproveitamento). Em 19 jogos, venceu 5, empatou 5 e perdeu 9. Marcou 28 gols, sofreu 34. No returno, terminou com a 8ª melhor campanha, com 29 pontos (50,88%), obtendo 9 vitórias, 2 empates e 8 derrota. Teve o melhor ataque do período, com 38 gols marcados e sofreu 29.
Seqüências....
Após o jogo com o São Paulo, foram 10 jogos sem desfrutar sabor da vitória, com 4 empates e 6 derrotas. Na 13ª rodada, o clube interrompeu essa sequência ao vencer o Corinthians, 3x0 no Morumbi. O time voltou a perder na partida seguinte contra o Grêmio, 2x0, mas nos 4 jogos que seguiram, obteve 3 vitórias e 1 empate, melhorando drasticamente a diferença perante os demais concorrentes. Na 19ª rodada perdeu para o Flamengo, 2x1, no Marcanã e deu início a uma nova série de derrotas consecutivas, a maior da campanha, com 4 (Flamengo, Atlético-MG, São Paulo e Vasco). Vivendo altos e baixos, logo após obteve sua melhor série invicta com 6 jogos, incluindo 5 vitórias consecutivas, que tirou o time da Zona de Rebaixamento. O clube caiu um pouco de ritmo, após a derrota contra o Palmeiras. Chegou a marcar pontos nas 3 partida seguintes (2 vitórias, 1 empate), mas entrou em nova seqüência de derrotas perante Grêmio, Santos E Fluminense. No fim, acabou estabelecendo uma relativa folga quanto ao risco de rebaixamento, mas insuficiente para garantir uma vaga nas competições internacionais. Jogando em casa, completou 7 jogos sem vencer, nas 8 primeiras partidas disputadas. Encerrou a campanha vencendo 7 em 8 possíveis. Nas partidas fora de casa, conseguiu marcar seu primeiro ponto após 4 derrotas seguidas. Chegou a vencer 3 partidas consecutivas, em seu melhor momento, obtendo 5 jogos sem perder. Na reta final, perdeu 4 em 5 jogos disputados. Aplicou 7 goleadas na competição: Coritnhians (3x0), América (5x1 e 4x0), Botafogo (4x1), Goiás (3x0), Atlético-PR (5x0) e Juventude (4x1). Sofreu 4 derrotas com placar elástico: Sport (4x1), Cruzeiro (4x1), São Paulo (5x0) e Vasco (4x1). Como resultado, um dos melhores ataques e das piores defesas.
O Náutico e os cartões...
Campeão dos cartões, o Náutico esteve sempre presente na liderança das listas, tanto dos amarelos, quanto dos vermelhos. O Timbu recebeu nada menos que 117 amarelos, 6% do total de todos os cartões distribuidos na competição. Liderança também nos vermelhos, onde, com 15 expulsões, foi responsável por mais de 10% de todos os vermelhos aplicados na Série A.

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