O Santa Cruz apronta cada uma com a gente que nem o mais sábio dos profetas conseguiria explicar. Ontem, mais uma vez, me debandei pro Arruda. E pior do que não vencer o Confiança é você ficar tentando achar explicação pro ocorrido.
Primeiro você culpa a técnica. Bando de perna de pau, incompetentes, não acertam um passo de 3 metros, descompensados e cheios de pernas. Passado o chilique técnico, você parte pro tático. O meio de campo é inexistente, não se cria e consequentemente não se finaliza. Coloca 4 atacantes treinador, tira o volante, o lateral e vai pra cima deles. Cadê as jogadas ensaiadas? Ai meu Deus, Lá vai Menezes bater de novo. Deixa pra Leo caraca. O treinador mexeu errado, devia ter colocado fulano no lugar de sicrano. E por aí vai...
Depois dos chiliques técnico e tático, você culpa a arbitragem. O filho da mãe veio disposto a nos prejudicar, só pode! Inverteu todas as faltas, deixou de expulsar Mané, não marcou uma penalidade clara e ainda deu apenas 3 minutos de acréscimo depois de tanta ‘cera’ do adversário.
Passado tudo isso. Começamos a culpar os Deuses do futebol . Putz, pode jogar até amanhã que essa bola não entra! A bola vai na trave, o goleiro pega tudo e sai como destaque do jogo, e nada de gol. Parece que a bola é nossa inimiga e teima em não entrar.
Então apelamos pra religião, seja qual for, vai do catolicismo a umbanda. Deus só pode tá me castigando porque eu não paguei aquela promessa quando subimos em 99, não tem outra explicação. Ou ainda, tem uma cabeça de burro enterrada nesse gramado, ou até mesmo um sapo, como disse o Brasão após o jogo, sem ter mais explicações pros fracassos.
Aqui chega a superstição. Quem foi que trouxe esse rubro-negro? Tá louco filho? Trazer o cara pra nos secar? Olha aí o resultado. E começa a confusão: “deixa o cara” – e o cara se defende: “eu torço por PE” – e o tricolor retruca: “PE é meu...”. E enquanto o pau canta na arquibancada por causa do rubro-negro, o jogo segue sem nem saber que ele existe...
Por último, nos culpamos. Aqui pode ser por qualquer coisa, na hora do desespero o torcedor precisa de uma explicação pra lhe confortar. Desde a “roupa da sorte” que não usou ou até mesmo o trajeto pro estádio que mudou por causa do congestionamento.
Bom gente, ontem foi assim, briguei com Deus, fiz promessa pro Diabo, vi uma rubro-negra saindo do Arruda, levei uma pessoa que nunca tinha ido a um jogo de futebol, me culpei por isso. Depois de xingar horrores na social do Mundão, me peguei fazendo contas pra classificação. Fui da euforia ao transtorno mental. Procurei e achei motivos. E no fim, tudo continua inexplicável, chato e repetitivo.
O time não é tão ruim pra uma disputa de Série D, até acho que dá pra ser campeão com os pés nas costas, mas o problema é que ninguém nos respeita mais. Onde já se viu um Arruda com 27 mil pessoas (claro que tinha mais, afinal, concreto não encolhe), o placar marcando 0x0, e o árbitro não marcar um pênalti claro a nosso favor? Acabou o respeito ao Santa Cruz Futebol Clube. Nem rivais, nem adversários (grandes ou pequenos), nem arbitragem... Ninguém nos respeita mais! Será que deixamos de ser grandes? Não torcedor. Da mesma maneira que uma empresa tem a cara do seu dono, um Clube tem a cara dos que o comandam. Hoje, somos pequenos, mas tenho certeza que voltaremos a ser grandes.
E a torcida? Essa, como sempre, maravilhosa.
Simbora pra guerra em Aracaju e seja o que Deus quiser, ou o Diabo.
Saudações Corais!!!
Obs: Mais Querido - Opinião é um projeto piloto desenvolvido pelo Blog dos Números, com coluna semanal escrita por Danielle Leal. A logomarca e título da coluna ainda podem sofrer alterações.
Primeiro você culpa a técnica. Bando de perna de pau, incompetentes, não acertam um passo de 3 metros, descompensados e cheios de pernas. Passado o chilique técnico, você parte pro tático. O meio de campo é inexistente, não se cria e consequentemente não se finaliza. Coloca 4 atacantes treinador, tira o volante, o lateral e vai pra cima deles. Cadê as jogadas ensaiadas? Ai meu Deus, Lá vai Menezes bater de novo. Deixa pra Leo caraca. O treinador mexeu errado, devia ter colocado fulano no lugar de sicrano. E por aí vai...
Depois dos chiliques técnico e tático, você culpa a arbitragem. O filho da mãe veio disposto a nos prejudicar, só pode! Inverteu todas as faltas, deixou de expulsar Mané, não marcou uma penalidade clara e ainda deu apenas 3 minutos de acréscimo depois de tanta ‘cera’ do adversário.
Passado tudo isso. Começamos a culpar os Deuses do futebol . Putz, pode jogar até amanhã que essa bola não entra! A bola vai na trave, o goleiro pega tudo e sai como destaque do jogo, e nada de gol. Parece que a bola é nossa inimiga e teima em não entrar.
Então apelamos pra religião, seja qual for, vai do catolicismo a umbanda. Deus só pode tá me castigando porque eu não paguei aquela promessa quando subimos em 99, não tem outra explicação. Ou ainda, tem uma cabeça de burro enterrada nesse gramado, ou até mesmo um sapo, como disse o Brasão após o jogo, sem ter mais explicações pros fracassos.
Aqui chega a superstição. Quem foi que trouxe esse rubro-negro? Tá louco filho? Trazer o cara pra nos secar? Olha aí o resultado. E começa a confusão: “deixa o cara” – e o cara se defende: “eu torço por PE” – e o tricolor retruca: “PE é meu...”. E enquanto o pau canta na arquibancada por causa do rubro-negro, o jogo segue sem nem saber que ele existe...
Por último, nos culpamos. Aqui pode ser por qualquer coisa, na hora do desespero o torcedor precisa de uma explicação pra lhe confortar. Desde a “roupa da sorte” que não usou ou até mesmo o trajeto pro estádio que mudou por causa do congestionamento.
Bom gente, ontem foi assim, briguei com Deus, fiz promessa pro Diabo, vi uma rubro-negra saindo do Arruda, levei uma pessoa que nunca tinha ido a um jogo de futebol, me culpei por isso. Depois de xingar horrores na social do Mundão, me peguei fazendo contas pra classificação. Fui da euforia ao transtorno mental. Procurei e achei motivos. E no fim, tudo continua inexplicável, chato e repetitivo.
O time não é tão ruim pra uma disputa de Série D, até acho que dá pra ser campeão com os pés nas costas, mas o problema é que ninguém nos respeita mais. Onde já se viu um Arruda com 27 mil pessoas (claro que tinha mais, afinal, concreto não encolhe), o placar marcando 0x0, e o árbitro não marcar um pênalti claro a nosso favor? Acabou o respeito ao Santa Cruz Futebol Clube. Nem rivais, nem adversários (grandes ou pequenos), nem arbitragem... Ninguém nos respeita mais! Será que deixamos de ser grandes? Não torcedor. Da mesma maneira que uma empresa tem a cara do seu dono, um Clube tem a cara dos que o comandam. Hoje, somos pequenos, mas tenho certeza que voltaremos a ser grandes.
E a torcida? Essa, como sempre, maravilhosa.
Simbora pra guerra em Aracaju e seja o que Deus quiser, ou o Diabo.
Saudações Corais!!!
Obs: Mais Querido - Opinião é um projeto piloto desenvolvido pelo Blog dos Números, com coluna semanal escrita por Danielle Leal. A logomarca e título da coluna ainda podem sofrer alterações.
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