quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mais Querido - Opinião: Depois da Festa, a Ressaca!

Atrasei um pouco a coluna desta semana e terminei perdendo o “time” da euforia da bela vitória no domingo. Mas por outro lado, ganhei um assunto um tanto polêmico e que me irrita bastante. Por isso vou dar ênfase a ele, pra tentar liberar a minha ira e acalmar os ânimos. Até mesmo porque o que eu senti no último domingo, toda a emoção e sofrimento, não é nenhuma novidade em se tratando de Santa Cruz. No fim, o que vale mesmo é que nos classificamos, o “durante” passa a ser insignificante.

Não fui ao jogo em Maceió, por “n” motivos que não vale a pena listar aqui. E já nem lembrava o quanto era difícil torcer e sofrer no pé do rádio. Acho que a última vez que isso tinha ocorrido foi em 99 quando disputávamos a Série B. Mas vamos deixar o passado no lugar dele e começar logo a tratar do hoje.

Ontem, explodiu a bomba na internet: “Carlinhos Bala de volta ao Arruda.” E aí? A princípio me irritei, xinguei todo mundo, disse que não iria mais pra jogo enquanto ele vestisse o nosso manto, fiz piada comigo mesma, li dezenas de opiniões de tricolores no twitter, discordei de muitas e assinei embaixo de outras. 90% não querem o Bala de volta e os outros 10%, sem memória, acham que no futebol vale tudo e que se ele for a solução, que venha.

Agora, mais calma e mais sensata, eu até entendo o desespero dos 10% que aprovam o seu retorno, necessitamos sim de um atacante “matador”, mas tal argumento não muda a minha opinião. E digo mais, a questão não é que ele seja desagregador ou “da barca”, isso tem em todo canto. O problema é que o Bala (Carlinhos pras negas dele) desconhece a palavra respeito, seja com o adversário, com seus colegas, e principalmente, com o torcedor.

Então pergunto, arriscar pra quê? Vamos partir pra um mata-mata, situação que pede controle emocional por completo, e vamos trazer mais um desequilibrado pra nos frustrar? Já não bastam os que aí estão? Eu, sinceramente, não sei se vou me recuperar facilmente de uma desclassificação onde no time tem alguém que eu gostaria que estivesse jogando no Japão. Mas como o futebol imita a vida, com fracassos, frustrações e derrotas. E assim como na vida, nem tudo depende da gente. A nossa sorte está lançada.

A verdade é uma só, com Bala, sem Bala, com Brasão, sem Brasão, ou com qualquer outro que chegue até a data do nosso jogo diante do Guarany de Sobral, no próximo dia 05, nem o mais revoltado do tricolor vai torcer contra o Mais Querido. E comigo não seria diferente.

O que me deixa um tanto triste, é o fato de que com o Santa Cruz, ultimamente, nada é perfeito. Isso sim eu lamento, não compreendo e não aceito. Mas se é assim que tem que ser, que seja! Eu aguento.

Mais do que no diretor de futebol e afins, eu confio no trabalho do Givanildo, que por sinal segue invicto desde que assumiu o Santinha, e se o “professor” disser que é do Bala que a gente precisa pra sair desse buraco do futebol brasileiro que é essa bendita série D, eu vou aceitar. Muito a contragosto, é verdade, mas vou aceitar. Só não me peçam para ovacioná-lo, isso eu não farei jamais.

A minha vontade é de mandar ele escovar urubu até ficar branco, mas aqui fica a minha sincera trégua. Por outro lado, no fundo do coração, espero que essa negociação não se concretize. Hoje a noite teria uma reunião da diretoria, que foi cancelada. Vamos aguardar e vê o que o futuro nos reserva.

Saudações Corais!!!

Obs: Mais Querido - Opinião é um projeto piloto desenvolvido pelo Blog dos Números, com coluna semanal escrita por Danielle Leal.