domingo, 9 de agosto de 2009

Análise: Longe de ser milagre, Santa busca vaga

O que poderíamos definir como milagre? Algo que não teria explicação científica? Algo que dependeria de uma força superior para sua ocorrência? Algo além do poder humano? Talvez todas essas reflexões seriam uma forma de tipificar um evento como milagre, mas quando se trata do futebol e especificamente das chances de classificação do Santa Cruz para a próxima fase da Série D, esse conceito passa longe, bem longe. Primeiramente, vale ressaltar que de fato o Santa Cruz é o único time entre os 4 participantes do Grupo 4 que não depende apenas de si para garantir a classificação (O CSA caso vença por 3 gols de difença estaria classificado independente do resultado de Aracaju). Porém, a combinação necessária para o Santa Cruz ainda não contém nenhum aspecto mirabolante ou utópico que reforce o rótulo de "milagre". O Sergipe joga em casa? O time venceu o Santa Cruz duas vezes no quadrangular? Sim, verdade. Porém, tirando os dois jogos que realizou contra o tradicional time pernambucano, é verdade também que o alvirrubro sergipano só marcou 1 ponto em 3 duelos diante do próprio Central e CSA. É importante ressaltar também que a equipe do Central, além de líder, permanece invicta na competição, marcando 9 pontos através de 3 vitórias e 3 empates. O empate pode servir a Patativa? Sem dúvida, porém o risco de sofrer um gol e ver a classificação escorrer das mãos também existe. O Santa depende de uma vitória simples no Arruda, combinada com uma vitória por qualquer diferença em favor do Central no Batistão. Jogando em casa diante do mesmo time que conseguiu bater em Maceió, seria perfeitamente normal a expectativa de um novo triunfo diante do CSA, contando com o já rotineiro apoio da torcida do "Mais Querido". O triunfo do Central talvez se constitua na parte mais difícil da classificação Coral. Um jogo em que o melhor resultado para o Santa Cruz não é propriamente o melhor resultado para o time caruaruense, apesar do incentivo financeiro costurado nos bastidores. O Santa aposta todas as suas fichas numa única combinação, em nove possíveis. As chances matemáticas são de 11,1% e certamente conspiram contra o Santa Cruz, mas nada que possa sequer se aproximar do conceito de "milagre". Avante Santa Cruz!

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