O Diário de Pernambuco através de reportagem do competente Fred Figueroa publicou matéria interessante e rica em detalhes sobre a distribuição de vagas do futebol brasileiro.
A matéria faz um desenho histórico da integração do futebol nacional, desde as primeiras tentativas expressas na criação de campeonato de seleções até o novo modelo que aponta para a criação da Série D.
As transformações que foram moldando o retrato atual fizeram do campeonato nacional um espelho da economia, expressa na concentração de forças do eixo sul-sudeste, com destaque para São Paulo, coração econômico do Brasil.
Simultaneamente, 8 estados foram varridos das Séries A, B e C, que ao todo contará com 60 clubes em 2009. Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Piauí. Dos 7 estados do Norte, 5 ficaram de fora.
O Amazonas aparece como a mais nova vítima desse cenário. Desde a última grande reestruturação do futebol nacional (Copa João Havelange 2000), o Estado acelerou o seu processo de decadência.
Em 2001, o Nacional era rebaixado para a Série C. O São Raimundo se consolidava como a melhor expressão do futebol local, deixando para trás, além do próprio Nacional, forças como o Rio Negro e Fast.
Em 2006, com a implantação de sistemas de pontos corridos na Série B, o São Raimundo acaba na penúltima posição e tira o AM do segundo escalão do "Brasileirão". Desde então, a participação dos amazonenses se restringe a vagas destinadas pela CBF.
O Maranhão perdeu sua identidade em 2002, com o rebaixamento do Sampaio Corrêa, da B para C. O Moto Clube, outro time de tradição do Estado, esteve pela última vez na "Segundona" em 1997.
O Espírito Santo, outra praça tradicional do futebol nacional, sofreu duro golpe em 2001, com a queda de 2 de seus representantes: Desportiva e Serra.
O Mato Grosso do Sul, sequer conseguiu aparecer nas Séries A e B dos últimos 15 anos. Equipes tradicionais como o Operário de Campo Grande (que entre 1977 e 1981 chegou 3 vezes entre os 10 primeiros da competição), simplesmente desapareceram. A última aparição na Série B foi em 1992.
O Piauí teve o Ríver como seu representante no módulo amarelo (equivalente à Série B) da Copa João Havelange, em 2000. E só.
Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins nunca tiveram força no cenário nacional. Tocantins, caçula entre os federados, só iniciou estaduais em 1993 e tem o Palmas como sua maior referência (o time detérm 5 títulos estaduais em 16 disputados).
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