segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O que aconteceu com o "Caldeirão"?

Os Aflitos deixou de ser sinônimo de caldeirão timbu, pelo menos em se tratando de Brasileirão. Os números mostram que no momento atual, a casa dos alvirrubros tem surtido pouco efeito nos adversários, conforme acontecia em passado recente. Se considerarmos as campanhas alvirrubras desde 2004, onde a equipe se lançou decididamente a um lugar na Série A, chegando sempre nas cabeças da competição, até o acesso em 2006, vamos notar o quanto o poder de fogo como mandante tem sido reduzido para o Náutico, em sua nova realidade no Brasileirão. Em 2004, a equipe comandada por Zé Teodoro realizou 15 jogos nos Aflitos. Foram 13 vitórias, 1 empate e 1 derrota (Ceará), com aproveitamento de 88,89%. Mesmo tendo fracassado na reta final da competição, , o Timbu venceu 11 dos últimos 12 jogos nos Aflitos, empatando apenas para o Marília. Em 2005, a equipe sofreu um duro golpe. Além da derrota para o Grêmio, o time foi batido por Santa Cruz (2 vezes, uma na fase classificatória e outra no quadrangular final), e Portuguesa ( primeiro quadrangular decisivo). Apesar de perder a classificação em casa (perdeu os 2 últimos jogos que disputou nos Aflitos), os alvirrubros tiveram aproveitamento de 70,83%, com 11 vitórias, 1 empate (Ceará) e 4 derrotas, em 16 jogos. A equipe foi comandada por Roberto Cavalo. A Série B 2006 foi quase perfeita para a torcida, que tinha certeza de vitórias no Caldeirão. Afinal, em 18 jogos foram 15 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota (ainda no início da competição, para o Vila Nova). Apesar de ter no comando técnico 3 nomes (Roberto Cavalo - 2 jogos; Paulo Campos - 12 jogos e Hélio dos Anjos - 4 jogos), o time teve 87,04% de aproveitamento e motivos de sobra pra comemorar, conquistando uma das vagas de acesso. SÉRIE A.... A Série A mudou a força dos Aflitos, que após presenciar a vitória perante o São Paulo, sentiu a sequência de 7 partidas sem vitória. No meio do caminho, Paulo César Gusmão (4 jogos) deu lugar a Roberto Fernandes que apesar de não ter vencido os seus 4 primeiros desafios nos Aflitos (incluindo a derrota para o Cruzeiro, 4x1, que marcou uma crise na relação Náutico-Kuki), aos poucos foi retomando a confiança do torcedor... Quebrou o jejum contra o Figueirense, mas foi após o "heróico" empate com o Internacional, que o Timbu abriu uma sequência de 5 vitórias seguidas como mandante, e fechou a temporada com 7 vitórias nos 8 últimos jogos. Em 2007, o aproveitamento nos Aflitos foi de 54,39% (9 vitórias, 4 empates e 6 derrotas) e 87,50% nos 8 últimos jogos (só não venceu o Santos). 2008 Na temporada atual, o Náutico deu a idéia que poderia voltar a amedrontar seus adversários, vencendo os 3 primeiros jogos (Goiás, Botafogo e São Paulo), sendo o primeiro sob o comando de Roberto Fernandes e os dois seguintes sob a batuta de Leandro Machado. A derrota para o Sport foi a única e decisiva partida em que Machado fracassou nos Aflitos. Deu lugar a Pintado, que nos 3 jogos que disputou nos Aflitos, marcou apenas 1 ponto. Roberto Fernandes volta, o time reage e vence o Santos, quebrando sequência de 4 partidas sem vitórias "em casa". Durou pouco. Derrota para o Fluminense e empate para o Grêmio em seguida. O Náutico derrota o Ipatinga e depois marca 2 pontos em 9 disputados, empatando com o Palmeiras, perdendo para o Flamengo e tropeçando na Portuguesa... O aproveitamento do Náutico nos Aflitos na Série A 2008 é de 45,24%, com 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Depois do retorno de Roberto, o desempenho ainda cai para 42,86%, com 2 vitórias, 3 empates e 2 derrotas (Flamengo e Fluminense). Os mais fanáticos podem argumentar que Série A é outra competição e que o equilíbrio de forças traz esse desempenho como consequência. Será? Esse ano, entre os times que são candidatos ao rebaixamento, Portuguesa tem 60%, Atlético-PR aparece com 56,25% e até mesmo o Ipatinga crava 50%. Enfim...os Aflitos já não é o mesmo....de quem será a culpa?

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