quarta-feira, 16 de julho de 2008

Arquivo do Roberto: 1972, Náutico 2x1 Portuguesa

O Náutico tem uma lembrança imortal da Portuguesa de Desportos. No dia 27 de setembro de 1972, o Náutico venceu a Portuguesa por 2 x 1. A primeira vitória do Timbu em campeonatos nacionais. Os dias que antecederam o jogo foram tumultuados. Durante cinco rodadas o Náutico sentira a vitória escapando entre seus dedos. Traiçoeira. Vã. Paraguaio havia sido sacado do time. Gradim balançava no cargo. Elói driblava no vazio. A Portuguesa trazia o jovem Enéas. Uma das maiores promessas do futebol brasileiro na década de 70. A Portuguesa que havia vencido a Hungria por 2 x 0. Gradim chama Paraguaio num canto depois de um treino estafante. Gradim implica com o centroavante. Centroavante que foi lançado no sacrifício nos primeiros jogos, com uma contusão no tornozelo. Mas Paraguaio resume tudo numa frase: "Eu sei que dá pra jogar!". E Paraguaio é escalado como o salvador da pátria alvirrubra. O Náutico formou com Lula Monstrinho; Gena, Ubirajara, Sidclei e Romero; João Paulo, Cordeiro e Vasconcelos; Elói (Galdino), Paraguaio e Pereira (Paulinho). A Portuguesa veio de Carioca; Deodoro, Dacio, Guaraci e Fogueira (Isidoro); Didi e Dicá; Xaxá, Enéas, Basílio e Wilsinho. Basílio que seria o herói do Corinthians em 1977. O Arruda estava tenso. A torcida alvirrubra, sofrida. O Náutico começa com tudo. Lula apenas assiste o espetáculo. Mas Dicá encaixa os lançamentos. Basílio chuta na rede pelo lado de fora. Enéas perde um gol feito. Paraguaio toca para Pereira que dribla Dacio e quando vai chutar... pênalti. O juiz ignorou solenemente a falta. Pereira toca de cabeça para Paraguaio cara a cara. E Paraguaio perde. 0 x 0. Elói recebe, dribla um, dois e é selvagemente atacado no vietnã da pequena área. Pênalti? Pênalti! Gol? Não. Carioca defende a penalidade máxima. O 0 x 0 do primeiro tempo persiste. Mas aos 25' do segundo tempo Paraguaio enche o pé e marca: 1 x 0. Paraguaio, o dono da festa? Ele mesmo. Dois minutos depois Paraguaio é lançado. Carioca sai desesperado. Paraguaio toca mansamente por cima do goleiro luso, a bola descreve uma parábola, toca na trave e volta no zagueiro Guaraci: 2 x 0! Acabou? Não. Aos 17 anos Enéas aproveita o rebote de uma bola na trave de Xaxá: 2 x 1. O Náutico fecha a porteira. A Portuguesa vê o tempo passar com a bola de pé em pé dos alvirrubros. O Professor Gradim caminha para a beira do gramado e em silêncio abraça o Doutor Paraguaio. E os primeiros dois pontos de uma vitória entram para a história de Rosa e Silva. Sofridos. Suados. Alvirrubros... Conheçam o Blog do Roberto, clicando no link abaixo: http://oblogdoroberto.zip.net/

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