sexta-feira, 27 de junho de 2008

Opnião: Fica a mágoa

Enfim, a reparação foi feita. O Estádio dos Aflitos está desinterditado, mas nada apaga a injustiça cometida contra o Náutico. O time alvirrubro teve que fazer dois jogos fora de casa. Concordo com o advogado Ivan Rocha, segundo o qual, em seu estádio, o Timbu teria derrotado o Vasco da Gama, com o qual empatou por 1 x 1. Mas derrotou o Atlético Mineiro, mesmo jogando no Arruda, do Santa Cruz. Do episódio fica uma certeza. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva agiu sob forte emoção e por pressão de jornalistas sudestinos e de Bebeto de Freitas, presidente do Botafogo, ao punir o alvirrubro. Foi um dos maiores absurdos até hoje cometidos contra uma equipe de futebol no Brasil. Mas a multa pecuniária permaneceu, embora tenha sido reduzida de R$ 40 mil para R$ 30 mil. Tudo porque o vestiário estava fechado no dia da confusão provocada pelo celerado zagueiro botafoguense André Luís. Mas o Náutico não fechou por deliberação própria. Há muito tempo há uma determinação da Federação Pernambucana de Futebol, que fica com as chaves dos vestiários em dias de jogos para evitar invasão de dirigentes, como ocorreu na chamada Batalha dos Aflitos, em 2005. Aqui, a culpa foi da FPF, em nenhum momento do clube. De qualquer maneira, ficou a mágoa dos alvirrubros pernambucanos, com o STJD, especificamente com o procurador-geral Paulo Schimit e o presidente Rubens Aprobatto. Os dois agiram precipitadamente, principalmente Paulo, que ainda no calor do jogo fez juízo de valor, chegando a ridicularizar o nome popular dado ao Estádio Eládio de Barros Carvalho por se situar no tradicional bairro dos Aflitos. O outro deu a sentença estapafúrdia, que o bom senso terminou derrubando. Ou seja, eles erraram. Serão cobrados por isso? Espero que no mínimo sejam menos amadoristas e mais profissionais ao tomar futuras decisões. Mas o Náutico é um clube centenário e saberá superar o trauma causado por essa decisão emocional, “queiram ou não queiram os juízes”, como diz o belo frevo-de-bloco composto pelo célebre Capiba para homenagear o Madeiras do Rosarinho, que se sentiu injustiçado em determinado carnaval recifense. e-mail para contato: moraesaragao@yahoo.com.br

Nenhum comentário: