quinta-feira, 5 de junho de 2008

Beirando o desespero

Chega a ser comovente o esforço do sr. Paulo Schimitt e seus seguidores em conseguir condenar o Náutico por qualquer motivo que seja. O desespero desses homens da lei, que tem como função (ou deveriam ter) preservar a justiça no âmbito esportivo, beira o surreal. A última do STJD, através de seu presidente, Rubens Aprobato foi aceitar o pedido de interdição do Estádio dos Aflitos, baseado em argumentos no mínimo contestáveis. Começa a se estranhar quando a imprensa veicula que na súmula do jogo o árbitro Wilson Seneme supostamente teria classificado o gramado de ruim. De fato é citado, mas podemos encontrar ressalvas e controvérsias no próprio conjunto de documentos do jogo. No documento existe um conflito de informações. Na cópia publicada no site da CBF (www.cbfnews.com.br), na 3ª página de fato está marcado como ruim o estado do gramado, porém, no relatório do Delegado do Jogo, na página 21 do arquivo, na questão 23, o conceito é de "Gramado regular, apresentando alguns buracos e corte alto". A pergunta é: seria motivo suficiente para interditar o estádio? O engraçado é que antes dessa confusão toda, na súmula do árbitro João Alberto Duarte, na partida de estréia do Náutico diante do Goiás, há menos de 1 mês antes desse episódio, também em sua 3ª página, o estado do gramado era apontado como Bom, o que deixa mais intrigante a decisão, como se pudesse existir um elemento passional na tomada de decisões. Da mesma forma que a chuva ocasionalmente tivesse interferido na mudança desse "status", é razoável um mínimo de preocupação antes de se atribuir uma pena desse porte, com possibilidade concreta de resultar em prejuízo para o clube mandante, uma vez que será pouco provável que exista alguma mobilização por parte do STJD de mudar o status atribuído em tempo para o jogo diante do Vasco. A nossa remota esperança é que mais uma vez não estejamos presenciando mais umas daquelas trágicas e tristes manobras que acabam por cada vez mais arranhar a credibilidade do nosso futebol e tirar a esperança de que as verdadeiras forças se enfrentam de fato nos gramados. É esperar para ver....

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