Não sou pitonisa, mas acho que o Sport deixa o gramado da Ilha do Retiro nesta quarta-feira, como tricampeão pernambucano. Tricampeão pela quarta vez, não quinta, como estão dizendo.
O Leão foi tricampeão em 1923/24/25 – 1941/42/43 e 1980/81/82. Ah, mas teve o tri de 1997/98/99, pode-se alegar. Acontece que na época o Sport tornou-se pentacampeão, pois ainda levantou o troféu em 1998 e 1999. No caso, o título maior absorve o menor. É a lei do futebol.
Para a torcida rubro-negra, o que conta é a oportunidade de festejar o 37º título de campeão pernambucano com uma rodada de antecedência. Uma conquista, aliás, já anunciada. Desde o começo do certame, o Leão lidera o Estadual. Nos momentos decisivos soube se impor, até mesmo quando enfrentou o Náutico, seu eterno rival, nos Aflitos.
Romerito foi o termômetro, unindo a defesa e o ataque, e lá atrás, quem garantiu o ouro foi o zagueiro Durval. Na frente houve bons e maus momentos de Carlinhos Bala e o destemor de Enílton na busca do gol.
Já os alvirrubros farraparam, para usar uma expressão bem popular nas horas em que precisavam mostrar firmeza. O time de Roberto Fernandes, que recebe o Salgueiro, ainda tem chances matemáticas, assim como o Central. Mas convém lembrar que o Leão, jogando em casa, só precisa de um empate. Nos três encontros com o Alvinegro até agora, neste Estadual, três vitórias rubro-negras. O povão leonino estará presente, sem dúvida. Só do Todos com a Nota são 15 mil.
Quanto ao Náutico, o Timbu está mordido com o Carcará e vai procurar devolver a derrota do jogo passado, aquele que foi interrompido e teve 36 (mais cinco) jogados posteriormente, em campo neutro. A motivação é a briga interna, uma briga salutar, entre Geraldo (13 gols) e Wellington (11) em disputa do título de artilheiro do Estadual.
Obs: Lenivaldo Aragão é jornalista e titular do site No pé da Conversa
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