O Náutico terminou o Brasileirão 2007 na 15º posição, longe do risco de rebaixamento, mas também não obtendo vaga nas competições internacionais, como a Copa Sul-Americana, que englobou até o 12º colocado.
Dentre os números do Timbu na competição, um título nada agradável acabou sendo atribuído ao time, só que no aspecto negativo: a disciplina. O Náutico acabou levando o indiscutível rótulo de "Campeão da Indisciplina".
Tanto no número de advertências líquidas (cartões amarelos, descontados aqueles que geraram expulsões), como também nos vermelhos, o Timbu liderou com certa folga a quantidade de cartões recebidos.
Foram 117 cartões amarelos, uma média de 3 cartões por partida.
Para os que acreditam que a marca foi reflexo do início da campanha, os dados mostram essa impressão não é verdadeira. Existiu um equilíbrio na distribuição dessas advertências, onde 58 delas foram aplicadas no turno e outras 59 no returno.
Entre os atletas que mais contribuiram para essa marca, a liderança coube ao Toninho (12 amarelos). Logo em seguida aparecem Sidny (11), Daniel Paulista e Radamés (10), além de Acosta (8) e Hamilton (7). Juntos, os 6 atletas foram responsáveis por 58 advertências, o que representa 49,57% do total acumulado pelo Timbu.
Ainda na questão dos cartões amarelos, aparecem próximos do Náutico a equipe do Internacional (115), América (113), Juventude (111) e Botafogo (105).
Em 380 partidas da Série A, foram aplicados 1.944 cartões amarelos líquidos, com média de 5,12 por partida.
Quanto aos cartões vermelhos, também deu Náutico na liderança. Nada menos do que 15 expulsões sofridas, o que dá quase 1 expulsão a cada 2 jogos.
Como não poderia deixar de ser, Acosta terminou como o grande responsável por esse "título", indo 4 vezes para o chuveiro. Na lista, também constam Allyson e Cris (2 vezes cada um), além de Baiano, Deleu, Elicarlos, Ferreira, Onildo, Radamés e Toninho.
O vice-campeão das expulsões também é pernambucano. O Sport recebeu 11 vermelhos, mesma quantidade do Vasco. Com 10 cartões aparecem o Atlético-MG e América.
O que podemos revelar com esses números?
Simples: O Brasileirão é uma competição acirrada, mas com um nítido desnivelamento financeiro. Para clubes como o Náutico, com restrições monetárias capazes de impedir a montagem de um elenco de maior qualidade, os desfalques decorrentes dessas advertências acabam podando muitas oportunidades de vitória.
Bem, de fato o Náutico acabou sofrendo com as suspensões, mas foi capaz de comemorar a permanência por mais uma temporada. Agora é planejar melhor, tratar questões como o desempenho disciplinar e sonhar com objetivos maiores.
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